Histórias de SeteAlém: veja um relato com final macabro!

Histórias de SeteAlém
Histórias de SeteAlém - Reprodução

Se você gosta de histórias de SeteAlém e se surpreende com os macabros relatos desta dimensão paralela, precisa conhecer a história de Júlia. Isso porque, a curiosidade da garota foi a sua porta de entrada para o lado oculto, mostrando que o que perseguimos pode nos perseguir de volta.

Júlia era apenas uma estudante de medicina apaixonada por histórias sobrenaturais e Creepypastas, até que, num dia aparentemente normal, entrou pela porta de uma sala do IML e foi parar numa realidade completamente perturbadora. A partir daí, a estudante teve que lutar por sua vida para tentar voltar para casa.

Embora não existam comprovações de que este lugar realmente exista, todos os dias vemos relatos assustadores que afirmam que ele é real. Além disso, existem aqueles que pesquisam “Como ir para SeteAlém?”, e que se pudessem, viveriam essa experiência assustadora.

E você, tem medo de ir parar em SeteAlém? Caso pense em passar um tempinho por lá, é melhor conferir a história a seguir antes!

As histórias de SeteAlém têm significado?

As histórias de SeteAlém têm significado
As histórias de SeteAlém têm significado – Reprodução

Júlia tinha 24 anos quando tudo aconteceu. Até aquele momento de sua vida, ela nunca tinha sido crédula, apenas gostava de histórias de terror. Por isso, não acreditava que as histórias de SeleAlém tivessem significado real.

Para ela, tudo se resumia a assustar os amigos e a imaginar como seria ir parar em outra realidade, mas duvidava que isso poderia acontecer. Conscientemente ou não, a cada novo relato de SeteAlém que ela ouvia, sua curiosidade aumentava cada vez mais.

O dia a dia de Júlia se resumia em estudar bastante para as provas e cumprir seu estágio obrigatório de medicina no IML. Dessa maneira, ela se dedicava a prestar atenção nas aulas durante a manhã, revisar as matérias durante a tarde e a dissecar corpos durante a noite.

Entre uma obrigação e outra, seu maior passatempo era pesquisar casos de SeteAlém em fóruns da internet com seus amigos de turma. Além disso, Júlia também gostava de inventar uns casos de vez em quando, para deixar o universo paralelo ainda mais assustador.

Contudo, no dia 22 de janeiro de 2021, uma terça-feira aparentemente comum, a estudante pôde confirmar por conta própria a existência dos relatos.

O que é SeteAlém?

No caminho para o Instituto Médico Legal, Júlia pensava sobre o que era SeteAlém e o que ela faria para escapar, caso fosse parar lá. Até o momento, a garota sabia que o local era considerado como uma outra dimensão.

Uma espécie de universo paralelo ou realidade alternativa que coexiste com a nossa, mas que se apresenta de forma mais obscura, com uma aparência escura e suja.

Júlia havia lido que as pessoas que vivem lá possuem características físicas diferentes, como olhos muito mais fundos e completamente pretos. E, mesmo que ela fingisse bem, adentrar o ambiente estéril e completamente esbranquiçado da sala de autópsia era muito assustador, principalmente a noite, e com aquelas histórias de SeteAlém na cabeça.

Tentando esquecer o fato de que o legista havia saído para fumar um cigarro, ela continuou seu trabalho junto ao corpo. Assim, coletava amostras para análises adicionais, como fluidos corporais, tecidos e órgãos, seguindo os procedimentos adequados.

O morto à sua frente era obesa e tinha um grande bigode. A morte dele tinha sido por infarto, aparentemente, e ele possuía uma feição tranquila, apesar de estar com a boca aberta.

Olhar demais para o corpo deixou Júlia angustiada, e ela começou a pensar que devia ir atrás do médico, que estava demorando mais que o normal para retornar. Isso porque a temperatura do ar condicionado fazia o corpo dela se arrepiar e, quando seus olhos saíam do cadáver e ela se virava de costas, a sensação de que ele poderia se mover a qualquer momento a deixava ainda mais desconcertada.

Depois do que pareceu uma eternidade de indecisão, Júlia colocou seu magro corpo de pé e se dirigiu em direção a porta, tão costumeira, abrindo-a rapidamente.

Como ir para SeteAlém?

Para ir para SeteaAlém, Júlia só precisou abrir uma porta! Assim que saiu no corredor, a iluminação fraca e o lodo que viu nas paredes a fez perceber que o prédio parecia abandonado.

Um frio percorreu toda a espinha da estudante petrificando-a e ela logo percebeu: “Estou em outra dimensão”. Assim, ela fez um esforço astronômico para olhar para os lados, percebendo que o lugar parecia realmente vazio e soturno e que a lâmpada no teto fazia um irritante barulho, como se fosse se queimar a qualquer momento.

Quando Julia se virou para trás, pode ver pelo vidro da porta da sala de autópsia que existiam diversas macas com corpos espalhados pelo lugar. Além disso, a luz lá dentro era ainda mais fraca do que a luz exterior.

Júlia engoliu em seco e foi se afastando em direção a parede e, assim que viu um dos corpos com o peito aberto se sentar na maca, ela começou a correr desesperadamente. Com o fôlego prejudicado pelo ar abafado, a garota correu para fora do prédio, ignorando o cheiro fétido, as paredes cheias de lodo e o teto caindo aos pedaços. Seu objetivo era apenas sair dali, mas ela não sabia o que poderia encontrar de pior do lado de fora.

As histórias de SeteAlém não explicam como voltar de lá?

As histórias de SeteAlém não explicam como voltar de lá.
As histórias de SeteAlém não explicam como voltar de lá. – Reprodução

Já na rua, Júlia percebeu que todo o lugar era bizarro, e que a noite parecia esconder coisas escabrosas nos pontos mais escuros, onde a iluminação não chegava. Ela ficou ainda mais assustada quando viu duas mulheres se aproximarem: seus olhos eram duas grandes bolas pretas e seus lábios tinham um sorrisinho macabro.

Antes mesmo de recuperar totalmente o fôlego e com a certeza de que poderia morrer ali, ela voltou a correr sem rumo. Depois de se esconder de seres estranhos, que pareciam humanos, mas eram muito intimidadores, ela percebeu que as histórias de SeteAlém eram reais e que de alguma forma ela tinha ido parar lá.

Após horas sem água e comida, Júlia havia perdido a noção do tempo e não sabia se estava perto ou longe de sua casa do “mundo invertido” que ela estava procurando, mas nunca encontrava.

Quando já tinha perdido as esperanças, ela se deitou num beco sujo e se cobriu com o próprio jaleco e começou a chorar compulsivamente. Lá parecia que sempre era noite e que, a qualquer momento, iam matá-la.

De repente, a estudante acordou com um solavanco. Era um homem de olhos normais, que começou a acalmá-la. O estranho disse que se chamava Alex e que estava ali a alguns meses, procurando uma forma de ir embora. Ele disse que a viu correndo para o beco e que reconheceu que era uma humana porque ela parecia assustada, diferente dos outros moradores do estranho lugar.

Aliviada em ver outra pessoa, ela o abraçou. E eles choraram um pouco juntos.

— Como fazemos para ir embora? — Ela já tinha pensado em muitas coisas, mas não sabia a resposta.

— Pelo que eu li, nas histórias de SeteAlém, precisamos passar pelo mesmo portal que nos trouxe até aqui, mas eu me perdi da padaria que trabalho.

— Meu portal é a porta de um necrotério. Merda!

Alex parecia preocupado com Julia, mas muito aliviado por ver uma pessoa humana. Com esperanças que o portal de Júlia também o levasse para casa, decidiu ajudar a garota a voltar no necrotério.

Eles passaram quase um dia todo procurando o local e fugindo de moradores assustadores, até que finalmente encontraram o prédio do IML.

— A última vez que estive aqui a sala estava cheia de cadáveres, e um deles se sentou na maca de dissecação, me olhando profundamente nos olhos.

Júlia contou a Alex, tremendo de medo.

— E se isso não funcionar? — Ela o segurou pelo colarinho de sua camisa surrada.

— Bom, é melhor nem pensar nisso! — O homem que parecia ter por volta de 30 anos e tinha pele negra respondeu, tentando parecer confiante. — Vamos lá!

O que seguiu foi o seguinte: os dois percorreram rapidamente o local, passando pelo saguão aterrorizante e subindo muitos lances de escada, até chegar na porta da sala de autópsia.

Como se tivesse sido congelado pelo tempo, um dos cadáveres permanecia sentado na maca. De olho aberto, ele encarava Júlia do lado de fora.

— Não vou conseguir! — Ela disse, já se virando para sair correndo, mas Alex segurou a sua mão.

— Vai sim! Vamos juntos!

Alex disse para ela fechar os olhos e apenas empurrar a porta com toda a sua força para abri-la, e assim Júlia o fez.

SeteAlém existe, ou as histórias de SeteAlém são uma farsa?

Ainda com os olhos fechados, ela adentrou a sala, mas sentiu a mão de Alex deixar a sua. Assim que ela abriu os olhos, percebeu que estava de volta ao mundo “real” e que o médico a quem dava suporte a olhava estarrecido.

— Onde você estava, Júlia, tem mais de 1 hora que estou à sua procura!

Ela tinha voltado, realmente, mas não havia nem sinal de seu amigo Alex. Além disso, suas roupas não estavam sujas e o legista fazia questão de pontuar que ela havia demorado apenas 1 hora para aparecer pela porta que saiu para procurá-lo.

Sem saber se SeteAlém existe mesmo ou se ela teve apenas um surto psicótico, Julia ainda se pergunta o que aconteceu com Alex e se ele um dia conseguiu voltar para casa.

Uma “mineirinha” formada em Letras, que ama escrever sobre literatura e redes sociais, trabalha com educação informal de jovens e adultos e produz artigos para sites e blogs.