Se você curte um relato macabro, vai amar o conto a seguir. Ele reúne terror, suspense e horror, em uma única história. Confira!
Relato macabro sobre o anjo da morte
Marry escutou passos próximos à porta de seu quarto, ou pensou ter escutado. Com o barulho forte das gotas de chuva, batendo contra o telhado colonial, era difícil dizer ao certo. Levantou assustada, além dela, na casa estava apenas sua avó doente.
Desde que a senhora Justina descobriu a sua enfermidade, caiu de cama e não deixou seu quarto, estava sempre a repousar. O que fez Marry pensar no pior.
Talvez fosse um ladrão, invadindo ao se aproveitar do temporal para encobrir seus rastros. A moça vestiu seu casaco felpudo, que se encontrava pendurado no suporte de madeira, junto a algumas bolsas e chapéus.
Do lado do suporte, havia uma cama branca feita de ferro com o metal imitando rosas. Um luxo para a época. O que indicava a classe social privilegiada da garota de desenove anos.
Marry parou em frente a porta, do lado de dentro do quarto, em frente a madeira pintada de branco. Pensou se deveria voltar para a cama e esperar a chegada dos criados pela manhã. Mas, se encontrava consumida pela curiosidade. Então levou a mão direita à maçaneta, estava gelada, fazendo seu corpo arrepiar-se por inteiro.
O corredor parecia mais assustador do que na sua primeira noite no casarão. Tomou fôlego e foi em direção ao último cômodo, a porta estava entreaberta, naquele momento mal podia respirar, tentando controlar o peito ofegante, aproximou-se um pouco mais com a ideia de espiar pela fresta.
Uma luz azulada proveniente do luar entrava tímida pela vidraçaria da enorme janela, iluminando sua avó na cama. O semblante da velha estava calmo e sereno. Antes de ir até ela, Marry notou que das sombras próximo ao armário elegante de mogno, estava parada uma silhueta de homem.
A garota entrou em pânico, seu corpo não respondia ao seu cérebro. Estava à mercê da cena que observava. Ela apenas olhou, sem nada poder fazer, o homem alto de aparência incomum caminhar em direção a Justina, o viu tirar do bolso esquerdo do paletó um frasco de vidro pequenino.
Ele passou a mão carinhosamente sobre os fios de cabelo grisalho da senhora, que dormia sem perceber o que ali ocorria. Aproximou o frasco de sua boca, então o último suspiro de Justina, como uma névoa incandescente, encheu o recipiente.
O ser de pele alva e cabelos negros, que vestia um traje escuro bem alinhado, depositou rapidamente a tampa em formato de rolha na extremidade do vidro. Enquanto retornava o recipiente para o bolso de onde o havia tirado, um barulho chamou sua atenção. Era Marry, congelada como estátua atrás da porta.
O homem dirigiu seu olhar cinzento e brilhante a ela, que finalmente foi liberta pelo seu corpo, caindo desmaiada sobre o chão do frio corredor.
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