Vale a pena assistir Locked In? Crítica do novo filme de terror da Netflix

Locked In
Locked In - Reprodução

Na última semana, o novo filme de terror da Netflix Locked In tem ocupado as primeiras posições de acessos na plataforma de streaming. Mas, será que ele é tudo isso mesmo, ou a gelara só está curiosa a respeito da nova produção?

Neste texto, fazemos uma crítica verdadeira e realista a respeito do filme Locked In, para você saber se vale a pena assistir o filme. Confira!

Sinopse de Locked In

Na trama do filme, somos apresentados a uma família disfuncional, cujos segredos e mentiras giram em torno de uma propriedade de luxo no interior da Inglaterra.

No Brasil, ele recebeu o nome de Paralisia, já que uma das personagens principais sofre um acidente logo no início da história e fica paralisada em uma cama de hospital. Apesar de ser definido como terror, o filme é um grande suspense.

Passamos a trama toda tentando descobrir o que aconteceu com a personagem que se encontra paralisada. E descobrimos mais sobre a história, pois a sua enfermeira passa a investigar o caso.

A história prende o telespectador?

Sim. O filme prende o telespectador do início ao fim. Mas isso significa que a história é boa? Não!

A atenção dada à obra não passa da curiosidade de saber o que aconteceu com a Katherine. Já que no início do filme vemos que ela está fugindo de algo durante a noite, e acaba sendo atropelada por um carro.

A partir desse momento, queremos saber o que levou a ex-atriz de Hollywood a fugir de uma forma desesperada pela floresta. Então, acompanhamos a trama até o seu final.

Qual é o cenário do filme?

Locked In se passa em dois cenários, o hospital em que Katherine está internada e a propriedade da sua família. O hospital é um prédio como qualquer outro centro médico, mesmo a falta de médicos e enfermeiras incomodar bastante.

Mas, quando se trata da propriedade da família, o cenário é de tirar o fôlego, com direito a estábulos de cavalos, uma mansão luxuosa, terras a perder de vista, uma floresta particular e um grande lago.

Os filtros menos saturados e mais soturnos utilizados na produção fazem com que o lugar ganhe tons mágicos e misteriosos. Um cenário perfeito, mas pouco aproveitado. Pois, o enredo do filme deixa a desejar.

A gente se importa com os personagens?

Locked In
Locked In – Reprodução

Logo de cara, não. Se a Katherine ficar paralisada para sempre ou chegar a morrer, o telespectador pouco se importa.

Uma vez que mesmo o filme contando a sua história e adentrando na sua personalidade, não consegue humanizar a personagem.

E o que dizer da Lina? A princípio, quando o filme regride a 13 anos antes do acidente da Katherine, simpatizamos com a garota. Mas, essa empatia logo muda quando ela, já na vida adulta, começa a fazer escolhas questionáveis.

Ela se torna a típica mulher que se faz de boazinha e de vítima da situação, para conseguir exatamente o que quer. Mesmo não se dando conta disso.

Apesar das intenções do médico da família, seu amante, serem pouco honrosas, Lina o manipula para que o homem assassine o seu marido, que é um fardo para ela. Quando descobre que Katherine está retomando os seus movimentos, fala de se livrar da tutora, facilmente.

Agora falando sobre a curiosa e intrometida enfermeira. Que profissional da saúde começa a fazer perguntas delicadas sobre a vida dos pacientes e seus parentes de forma insistente e investigativa?

E o pior, a Lina que tinha cometido vários erros/crimes, contou de livre e espontânea vontade toda a sua história desde a adolescência para essa estranha, sem resistência alguma.

Se o filme é terror, então o elemento sobrenatural está aqui. A enfermeira só pode ter algum poder especial para conseguir uma confissão completa voluntária, além de adivinhar partes da história que ficaram faltando.

Vale a pena assistir Locked In?

Segundos os usuários do Google, que deram 66% de aprovação para a produção, Locked In vale a pena ser assistido. Mas, a nossa dica é: vá com as expectativas baixas, muito baixas!

Sou completamente apaixonada por literatura e gosto de escrever e navegar pelas redes sociais. Sou natural do Espírito Santo, mas considero Minas como meu lar. Atualmente, me dedico à produção de conteúdo online, como textos para sites e blogs.